Cobre: o que será do Chile após as eleições?

A indústria e a mineração do cobre são a principal fonte de renda do país andino. Ocorre que nos últimos cinco anos, em grande parte graças ao governo de Michelle Bachelet, os custos de produção do cobre dobraram. Aumentaram os salários, custos diretos, impostos e custos da energia. Esses aumentos que, naturalmente, penalizam a mineração chilena, é o que mais assusta os mineradores. Eles acreditam que se Bachelet for reeleita o imposto de renda será majorado de 20 para 25% e a lei que protege investimentos estrangeiros na mineração desativada. Caso eles estejam certos o Chile poderá sofrer um enorme retrocesso econômico com fechamentos de projetos de mineração e paralisação de outros. Se o preço do cobre não subir para compensar talvez esteja montado o cenário de uma catástrofe econômica.
Para piorar, os custos de energia deverão aumentar agora que a Argentina não mais está suprindo o Chile com gás natural.
Todos esses pontos e suas soluções estão cristalizados em um limbo a espera dos resultados das eleições de 15 de dezembro. Os analistas políticos acreditam na reeleição de Bachelet e na continuidade das tendências já observadas. Se o novo Governo aumentar impostos, dificultar o aporte de capital dos mineradores estrangeiros e não reinvestir maciçamente na Codelco, talvez vejamos um Chile sem brilho e sem o título do melhor país da América do Sul.